sábado, 29 de março de 2008

Deixar de jantar não é a solução para quem quer emagrecer

Você tem feito diversas dietas e não tem encontrado resultados? Emagrece dez quilos rapidinho e engorda doze mais rápido do que perdeu? Pode ser que você não esteja regulando de forma adequada a sua alimentação. Nem sempre deixando de comer fará com que você emagreça aqueles quilos que não deixam sua calça entrar.
Nosso corpo aprendeu ao longo da história de evolução que deu origem ao homem que certos mecanismos deveriam ser aprendidos e utilizados constantemente. O planeta no qual vivemos passa por períodos de grandes mudanças desde os bilhões de anos em que se formou até os dias atuais. Nesse intervalo de tempo tão longo, períodos de muito calor foram interrompidos por períodos de extremo frio, ao ponto de o planeta ficar sbmerso em geleiras por longos anos.
Durante os períodos frios (um deles em época contemporânea aos ancestrais mais próximos do ano, que ficou conhecida como a última glaciação) os homens se abrigavam em cavernas e locais seguros onde pudesse esperar que o inverno passasse e o calor retornasse. Nesse momento, alimentos eram muito raros ou inexistentes, e a fome produziu alterações em níveis genéticos que dotaram os homens de capacidade de estocar grande quantidade de energia em momentos de farta refeição, que seria utilizada quando o alimento fosse escasso.
Em níveis moleculares, desenvolveram-se sistemas de genes chamados de genes poupadores, cuja atividade levava a esse estoque de energia que manteria o corpo vivo quando o alimento faltasse. Esses genes, no homem moderno, permanecem em latência até que sejam necessários. Quando estimulados e ativados, sua função é fazer com que o corpo armazene, mesmo em refeições muito pequenas, o máximo de nutrientes que seja possível armazenar.
Em condições normais de alimentação, nosso organismo é estimulado desde o momento em que vemos, sentimos, ouvimos comentários, ou sentimos fome. Esse indício de que é hora de se alimentar leva a uma estimulação do sistema nervoso central (SNC) que libera uma série de hormônios que preparam o organismo como uma unidade única para receber o alimento que será ingerido. é como se fosse um sistema de comandos: fome, hora de comer, liberar hormônios e enzimas.
Quando o alimento atinge o trato digestório, novas respostas fazem com que haja digestão, armazenamento e eleiminação dos resíduos. O alimento no trato digestório é o sinal para que o organismo se sinta saciado e pare de comer até que novos estúmulos e sensação de fome indiquem novo período para alimentação.

Quando os estímulos iniciais indicam que é chegada a hora de se alimentar, mas o alimento não é ingerido, como no caso de dietas onde a pessoa não janta, ou para aquelas pessoas que não tomam café da manhã, surge um problema: o corpo se preparou todo para receber o alimento, mas esse não foi dado ao trato digestório. Isso estimula uma nova via que ativa os genes poupadores que estavam latentes, esperando calados sua hora de entrar em ação.
uma vez ativados, esses genes vão fazer com que o corpo armazene toda e qualquer energia que seja possível armazenar. Dessa forma, qualquer alimento se torna combustível em pequenas quantidades imediatas, e o que for útil e energético (como açúcares, gorduras, aminoácidos) serão guardados na forma de gordura nas células adiposas

quarta-feira, 26 de março de 2008

Homofobia


Não sou dado a freqüentar bares e boates gls, tenho amigos homossexuais, mas certamente não vão me ver em extravagâncias com esses amigos. Eu os adoro, acima de tudo, e isso por que eles são pessoas como qualquer outra, como você ou eu, como o pai da criança que passa pela rua quando você olha pela janela, ou aquele que você encontra na praça, o artista do teatro, o mendigo deitado na calçada.
Eu defendo a vida na condição de biólogo que tenho, e a vida se faz na semelhança e na diferença.
Eu defendo os direitos humanos, pois não é no sofrimento que o homem se faz homem, mas no seu sentido de reflexão e progresso. E se falarmos em progresso intelectual, certamente somos privilegiados. Mas o que dizer do progresso social?
Ser ser humano é fantástico, e resguardados os contratempos a que a própria natureza nos submete, é bom ser diferente, pois nos faz crescer em tantos aspectos e sentidos que jamais uma pessoa é a mesma ao conviver com o não-linear.
Homofobia é crime (o cartaz ao lado eu recebi por e-mail, enviado por uma amiga). E crime grave, contra o direito do ser humano de apenas ser. Leia o artigo quinto da Constituição de 88. Certamente você verá que há quem defenda a igualdade de direitos, em detrimento do preconceito e da falta de altruísmo.
Felicidade aos iguais e também aos diferentes!

Rio em crise (com a dengue) - E a culpa é de quem, afinal?

O Rio de Janeiro está um caos, pelo que noticiam os meios de comunicação. Não é para menos: mais de 200 pessoas são infectadas por dia e não são boas as perspectivas. As pessoas já têm de ser atendidas nas ruas, porque os hospitais estão superlotados.
A dengue é uma doença já nossa velha conhecida. Mas de uns anos para cá, nessa época em que o calor intenso traz chuvas torrenciais em muitas regiões brasileiras, os mosquitos que levam as doenças até as pessoas se reproduzem bastante rápido, e a doença se espalha com força e implacabilidade.
Os mosquitos veiculadores (aqueles que levam a doença) se reproduzem em águas paradas e limpas. Duas considerações aqui: primeiro que veicular uma doença não significa que ele seja o responsável imediato por ela, nenhum mosquito nasce com essa doença em suas glândulas salivares, mas a adquiremao picar uma pessoa que já tem a doença (como a primeira pessoa pegou dengue é uma outra história, o fato é que a partir do momento em que uma pessoa "pegou" a doença e um mosquito a picou, outra pessoa picada pelo mesmo mosquito foi infectada, e assim o dengue se espalha); o segundo ponto é que água limpa não é necessariamente a água transparente e sem sujeira que você põe no copo e usa para beber, para fazer sua comida, lavar sua roupa, tomar banho, e (santo deus!) para lavar seu carro. Água limpa é aquela que não contém produtos químicos dissolvidos, ou seja, água com barro, água com folhas, água com insetos mortos não são consideradas pelos mosquitos como águas sujas, pois se nesses locais houverem ovos, não serão mortos pelo barro, pelas folhas, ou pelo insetos que já morreram.
É hora de o poder público fazer alguma coisa no Rio e em todo o Brasil e países vizinhos. Mas só poder público não representa nada quando o assunto é o descuido da população para com a sujeira de seus quintais, para com a desordem que nem sempre assumem. Você já olhou se o seu tanque tem vazamentos? Já tirou o lixo do terreno baldio ao lado da sua casa? Já procurou no seu quintal todos os brinquedos que têm tomado chuva e servem de criadouros, aqueles que seus filhos argam espalhados por aí? E quando tem churrasco, tudo fica bem limpinho, não sobra nenhuma tampinha escondida bem ali, num cantinho qualquer perto do muro? Não adianta dizer que você faz a sua parte, essa ladainha eu já cansei de ouvir. Agora é hora de começar a cobrar de todos que a parte que não foi feita pelo outro pode fazer com que você adoeça. Bata palmas na casa do seu vizinho, diga que foi tomar um café e converse com ele, olha só! Uma ótima oportunidade para fortalecer uma amizade e ainda ensinar tudo sobre a doença e fazer com que ele também deixe a casa sempre limpa e livre de perigo.
E para aqueles que acham muito absurdo, minha VERGONHA de ter de dizer que isso é ser HUMANO, pois não é assim, não somos seres superiores? Pois é, tem um bichinho com menos de um centímetro mostrando que está mais preparado para enfrentar o mundo.
Pra fechar essa postagem uma questão de língua portuguesa que muito me intriga: se dengue é uma palavra masculina, porque todas as pessoas a utilizam como um vocábulo feminino? Não é uma brincadeira que estou fazendo, é que se deve dizer O dengue e não A dengue. Eu não entendo....

domingo, 23 de março de 2008

Entenda a Páscoa

nem todas as religões celebram as comemorações do período pascoal. Pela igreja católica, período pascal. Isso diz respeito a essa comemoração ter relações intricadas nos dias atuais com a morte de jesus Cristo. No entanto, algumas considerações merecem atenção.

No ano 1 do calendário gregoriano, marcado pelo nascimento de Cristo, a Páscoa já era celebrada. Mesmo jesus comemorou a Páscoa antes de sua morte. isso está na bíblia, qualquer pessoa pode ler.

Páscoa tem um significado abrangente. Vem do hebraico e quer dizer passagem. Esse significado remonta a toda a história hebraica marcada pela libertação do povo judeu, desde os primórdios de sua organização. Exemplo disso está também na bíblia, na libertação por moisés do povo escravizado no Egito.

Mas os símbolos pascais tem uma outra relação, bem mais pagã. Os nomes ingleses, como Easter, que marcam o período na inglaterra, vem da deusa Ishtar, da fertilidade. Portanto, os ovos, como símbolo de fertilidade, embora tenham muitas origens, persistem como representantes das festas familiares nos dias atuais. O hábito de trocar os ovos surgiu na França.

por todo o mundo existem comemorações que refletem a Páscoa. para quem quiser se aprofundar, no wikipédia tem um conteúdo bem diversificado e links muito interessantes. Acessem e leiam

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa

sábado, 22 de março de 2008

Culturas diversas

Fiquei impressionado com a adaptação feita para o cinema de O Caçador de Pipas. Embora muitos detalhes tenham ficado esquecidos (infelizmente em hora e meia não se contemplam as tantas páginas do livro, muito rico em descrições), o filme retrata tudo o que não se pode ver sobre a cultura afegã. Para aqueles que se interessam por mundos diferentes daqueles aos quais estamos acostumados todos os dias, é um excelente programa.
Aproveite para refletir sobre as realidades também. A submissão feminina, a guerra, a dor, a culpa. Os temas são vários. Veja que existe vida além das paredes de sua sala, essa em que você assiste ao BBB. E essa vida é bem mais excitante que as cenas estereotipadas que se vê nas telas da TV aberta brasileira.

Para você que se interessou em saber, nos links abaixo tem um pouco de história pra você refletir. E não deixem de ler o livro e assistir ao filme. Muito bons.

Links importantes para a história afegã. Saiba mais:

http://www.revistaautor.com/index.php?option=com_content&task=view&id=122&Itemid=1
http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=780&Itemid=64

quinta-feira, 20 de março de 2008

Você está se preocupando com a coisa certa?

Recebi um e-mail hoje bem engraçadinho... para não dizer preocupante. Ele todo eu não vou reproduzir por não vir ao caso, mas a figura que coloco abaixo pode servir como um alerta, para você pai, irmão, professor, vizinho. Você está ocupado com seu próprio umbigo, ou o mundo bem pertinho de você faz parte de sua observação? Se você tem se preocupado com o mundo, parabéns, desconsidere essa postagem ou indique-a para quem você acha que não esteja fazendo o mesmo que você. Caso contrário aproveite essa Páscoa para mudar sua visão sobre o mundo, sobre as pessoas, sobre a realidade.


terça-feira, 18 de março de 2008

Nova especulação para a teoria da evolução

Divulgada essa semana nos Estados Unidos uma nova teoria em que ao que tudo indica a evolução leva os organismos a especializações complexas e não a simples adaptações orgânicas nos indivíduos.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo foi realizado com fósseis de crustáceos bastante antigos (datados em 550 milhões de anos). A partir da análise destes fósseis, os pesquisadores chegaram à conclusão que de sua estrutura muito simples derivaram adaptações que se complexaram, isto é, se tornaram mais sofisticadas com o tempo.

Na folha online é possível ler a notícia acima também. Na reportagem dos correspondentes de Washington, nos EUA, pode-se ler:


"Um animal cujo organismo é o mais simples possível não pode evoluir senão em uma direção mais complexa", explica Matthew Wills, biólogo da Universidade de Bath, no Reino Unido, um dos autores do estudo.



Abaixo o resumo do estudo publicado. As dúvidas a gente tira aqui no blog, ou no envio de perguntas.

Imagem do Centro de Maringá: cidade planejada?

A foto abaixo, meio desconfigurada por ter sido tirada de uma aparelho celular, é uma imagem do centro da cidade de Maringá, o Novo Centro, como é chamado. Esse entulho todo é uma parte de um terreno utilizado como estacionamento para pessoas que se locomovem entre os centros comerciais da avenida Pe. João Paulino Vieira Filho.

O terreno está entre uma das faculdades da cidade e um dos centros comerciais. Atravessando a avenida, temos um início de obras para mais um edifício, à esquerda, em direção ao Corpo de Bombeiros. à direita, um centro comercial recém-inaugurado, onde funcionam imobiliárias e cursinhos, e ao lado, outro centro comercial, o único prédio da quadra até meados do ano passado. Mais alguns passos e alcança-se a avenida Duque de Caxias, que dá acesso a pontos comerciais importantes, que nessa altura está próximo ao terminal.

São latas, garrafas, restos de cigarro, papéis, entre tantos outros materiais que as pessoas jogam por ali. Atrás, no espaço limpo que não mostro na foto, param-se carros. E ao lado estuda-se. Visão universitária: o lixo não vai sair desse lado do terreno sozinho. As sacolas plásticas vão levar dois séculos até se degradarem, provavelmente não estaremos vivos nessa época, nenhum ser humano dura tanto. As garrafas de vidro vão conhecer outros que não nossos bisnetos, dou certeza, pois perdurarão bastante. Sobre os cigarros, leia coluna anterior (Fumantes e porcalhões, 13-03-2008).

E onde está o planejamento todo da cidade? Ou esse lixo todo foi planejado também? E mais: posso chamar ironicamente de otimização do espaço?

Pelo dicionário(1), otimizar: adequar a uma realidade; dar suporte.


1. CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário Etmológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2ª ed. Editora Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 1986.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Pegada Ecológica

Você já parou para pensar em quanta terra desse planeta é necessário para comportar todo o lixo produzido pelo homem? Pois existem estudos ecológicos que indicam o quanto de chão é necessário para suprir toda a onda de devastação e consumo mundiais atuais.
O estudo é denominado "pegada ecológica". Muito sobre o assunto pode ser encontrado na internet, mas os melhores debates ainda são em inglês, sob o título footprint, que seria o equivalente à pegada ecológica.
Nesses estudos, revelou-se que para comportar todo esse nível de consumo mundial e manter essa estrutura na qual vivemos hoje, é preciso mais 3,8 planetas iguais ao nosso. Isso mesmo... precisamos morar em quase 5 planetas para podermos ter este estilo de vida. Esse resultado diz respeito à quantidade de água utilizada, as áreas utilizadas para a agricultura, níveis de produtos extraídos da natureza, desmatamentos, crescimento das cidades, número de veículos etc, etc. Vá somando tudo isso com o fato de que os recursos se renovam de forma mais lenta que a produção de qualquer objeto de consumo, e não é possível gerar muitos deles em laboratório. Petróleo, por exemplo. Quem consegue produzir petróleo em laboratório? Ele é o resultado da decomposição de animais que viveram a muitos milhares de anos, e que hoje já se extinguiram. Levaria muito tempo até se ter petróleo sintético. Mas o uso de derivados do petróleo é muito intenso e precisa grande tecnologia para sua extração e refinamento.
Guerra nas estrelas. Talvez estejamos distante de sequer conhecer outros planetas habitados, pois nesse ritmo, a Terra não vai suportar muito tempo. E mesmo que suporte, os recursos serão suficientes apenas para a sobrevivência, e não para os excessos da extravagância humana.
Abaixo um link que traz mais informações sobre o assunto. As dúvidas eu retiro aqui.

http://www.footprintnetwork.org/index.php

sábado, 15 de março de 2008

AIDS ainda ataca... e não há cura

Na folha online está disponível uma matéria sobre mulheres idosas portadoras do vírus da AIDS. Isso significa que suas vidas estão por um fio. Um triste e desastroso fio. Que se rompe a qualquer momento.
A AIDS está viva na sociedade desde muito antes de muitos de vocês, leitores, nascerem. Sua provável origem na África é cruel: ela é comum num tipo de macaco chamado de macaco-verde, e nesse animal ela simplesmente não causa danos aparentes. Mas na linha da evolução, sexo com estes animais ou qualquer outra forma de troca de fluidos levou ao seu aparecimento no homem, que hoje se vê envolto em trevas com essa síndrome. (Note que como em postagem anterior, eu não chamo doença a essa síndrome, pois estamos tratando de um conjunto de doenças que associadas chamamos de AIDS. O mesmo já fizemos com a obesidade.)
Agora ela mostra sua face mais dura. As mulheres casadas, que pensavam estar livres de qualquer risco de exposição, não contavam que falta de informação e infidelidade do marido poderiam estar bem mais próximos do que podiam supor. Não basta acreditar que seu marido não tem relações fora do casamento. Essa certeza pode nunca ser comprovada. O que se deve fazer é cuidar. Pelo sim ou pelo não, melhor mesmo ainda é o uso de camisinhas, e exames com certa regularidade. O teste é simples e não expôe ninguém a constrangimento. Constrangimento maior é não saber que se tem uma síndrome tão grave. Exemplos? Deixo por conta da matéria original, publicada pelo jornal online, a quem se devem os créditos dessa postagem.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u382210.shtml

Acima o link. Eu peço só atenção.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Descoberto o provável vilão do câncer de mama

A revista Nature publica na sua edição de hoje (13-03-2008) um artigo em que dois pesquisadores americanos, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Terumi Kohwi-Shigematsu e Yoshinori Kohwi, descobriram que um gene responsável por regular a reestruturação da cromatina nas novas células em formação e pela expressão gênica, que coordena a atividade desses genes. Esses genes existem normalmente em todos os tipos de células, pois são os responsáveis pela duplicação segura de uma célula, evitando que ela se divida com erros. Esse gene em questão regula a atividade de outros (aproximadamente) mil genes!

Nas células cancerígenas, no caso do estudo células tumorais em linfonodos na mama, esses genes desencadeiam a rápida replicação das células, responsável pela metástase (o espalhamento das células para outras partes do organismo).

Quando este gene é inativado, cessa a atividade metástica das células tumorais, pois a expressção gênica fica comprometida e as células não se dividem. O processo fica interrompido e não há como o tumor se restabelecer.

A novidade do artigo está no fato de os pesquisadores terem descoberto que o processo de metástase, ou seja, o fato de o tumor se espalhar para outros tecidos, em diferentes partes do organismo, via corrente sangüínea, não se retringe ao final do processo de maturação do tumor, mas que existem células predispostas desde muito cedo na formação do tumor capazes de matástase. Impedido esse gene, o problema acaba, pelo menos em parte e teoricamente falando.

Abaixo disponibilizo o abstract do artigo. Para quem quiser o artigo, eu posso disponiblizar. Muito interessante. Aproveitem, oportunidade única de ler o artigo saído do forno.

Fumantes e porcalhões

Tem dias em que eu me indigno muito com a realidade da cultura das localidades que freqüento. E os hábitos que as pessoas adquirem também são deploráveis.
Eu não fumo. Não gosto de cigarros. Abomino o hábito embora não faça circo se me pedem um fósforo ou isqueiro. Mas não me agrada.
Entretanto e aqui está o X da questão, as pessoas que fumam podiam ter mais respeito pelo espaço que utilizam, pelas pessoas que partilham desse espaço; isso nem sempre acontece.
Sabe o filtro do cigarro, aquele que sobra quando a pessoa já utilizou toda a toxicidade presente no rolo de fumo prensado, todos aqueles componentes cancerígenos, aquela loucura toda? Pois é. Os nossos parceiros de luta pela sobrevivência, esses que fazem com que a saúde pública tenha estatísticas assustadoras, que contribuem para que as verbas para o setor sejam reduzidas no rateio para o cuidado de cada indivíduo, esses que se vangloriam dos minutos acesos para o prazer nicotínico, então, esses ainda estão acabando com o ambiente.
Não bastasse eu ser fumante passivo em certas ocasiões, ainda sou forçado a partilhar da poluição produzida pelo lixo dos restos da tragada anterior, e dos filtros que restam quando a nicotina já foi toda consumida. Que desprazer!
Calçadas, ruas, bares, todo lugar é lugar para os restos do cigarro, menos o lixo. E elas, as bitucas, se acumulam por todos os lados. Sabe o quanto custa para a natureza? E para os cofres públicos? Afinal tem gente que é paga para retirar esse lixo das ruas, pelo menos o que vai para as vias públicas. E aquelas que se perdem levam um tempo para serem degradadas.
Que suplício!

Quase de acordo!

Não sou dado a protestos extravagantes, e nem sempre sou a favor das medidas tomadas pelo Greenpeace quanto às causas que defendem, digo, a forma como seus integrantes vão de encontro ao sistema de consumismo e degradação ambiental vigentes. Mas devo confessar que de vez em quando algumas medidas são cabíveis: não é de hoje que existe regulamentação para a comercialização de transgênicos nesse país. A lei data de 2003, e até hoje os produtos mantém uma completa alienação para com o consumidor sobre sua origem.
Onde andarão os rótulos descritivos de produtos transgênicos? É um direito de qualquer consumidor ter as informações sobre os produtos que leva para casa. Não que eu iria aos supermercados junto do pessoal do Greenpeace fazer protesto, mas acredito que algo deva ser feito para garantir a escolha individual de cada consumidor.
Fica o direito de escolha... faça sua vontade valer.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Estudo de 2007 sobre obesidade

Estudo do ano passado, realizado pela Freamingham Heart Study, instituição americana que reúne pesquisadores especialisados em doenças do coração, mostra que as relações sociais com pessoas obesas podem levar a aumento de peso. Os dados são impressionantes:


  • se você tem um amigo obeso, suas chances de se tornar obeso também aumentam em 57%;


  • se você tem um irmão ou irmã obeso, suas chances são de 40% de se tornar obeso;


  • já se você é casado com uma pessoa obesa, você pode ter 37% de chance de aumentar suas medidas.


A obesidade está diretamente relacionada com um índice criado pelo astrônomo Lambert Quetelet, entre as décadas de 1830 e 1850 (é isso mesmo, no século XIX!) . Esse índice é um indicativo de quanto há de gordura no corpo, ou seja, quantos por cento do seu corpo são formados por células adiposas (aquela barriguinha que incomoda, o culote que irrita, a papada no pescoço, enfim, aqueles quilinhos a mais...). Calculá-lo é fácil:

IMC = Massa (kg)/ Altura x Altura (m)

Para ler o trabalho completo, disponibilizo o link para o acesso. O trabalho é americano, com o texto, portanto, em inglês. Mas qualquer dúvida pode ser tirada aqui no blog. Vai o link



http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/custom/2007/07/25/CU2007072501607.html



Uma boa leitura a desse artigo, bem escrito, interessante.

terça-feira, 11 de março de 2008

Campanha de arrecadação de medicamentos em Colorado

Nesse fim de semana na cidade de Colorado tivemos arrecadação de medicamentos feito nas comunidades pelo pessoal das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Cada unidade de Saúde ficou responsável pelo bairro ou bairros no(s) qual(is) atua.
Ainda sem o número exato de medicamentos arrecadados, a UBS Centro , segundo nos informa Max Lazari, atendente da unidade na farmacia, conta que "80% dos medicamentos arrecadados são inaproveitáveis", mas ressalta que o "recolhimento é importante poruqe retira das casas das pessoas medicamentos que poderiam ser utilizados e causar graves conseqüências para a saúde da população".
O importante de fato é que a população colabore com a campanha e esteja atenta para os cuidados com remédios fora do prazo de validade, principalmente se houver crianças nas casas. Vale lembrar também que automedicação é uma medida arriscada, melhor é sempre uma consulta aos médicos, que podem melhor receitar o medicamento ideal para seu problema.
A campanha é interessante pois pode levar ao reaproveitamento de medicamentos que certamente já não estão mais sendo utilizados, ainda que em condições de uso, gerando menor desperdício de dinheiro público utilizado com a saúde.
Colabore sempre com este tipo de campanha.

Quanta bobagem...

No dia de hoje, o jornal das 13:15 de uma grande emissora de TV aberta noticiava uma exposição que acontece em São Paulo sobre tendências em utilitários para banheiro. Dizia a reportagem que a tentativa era integrar ambiente, conforto e meio ambiente. Na seqüência vem uma descrição dos produtos e preços: banheira de resina - R$30.000,00 -, chuveiro com cromoterapia - R$17.000,00 -, sem contar nas torneiras e pias em ouro e pedras.
O que isso tem de consciência pelo meio ambiente? Quanto é necessário em resina para uma banheira? Afinal, tem que caber uma pessoa dentro dela... preocupação com meio ambiente por parte de quem? De quantas horas tem de ser o banho para a cromoterapia? E onde fica a conservação de recursos hídricos (leia-se água) e naturais (aqui leia-se resina, ouro, minerais)?
E tudo por valores tão irrisórios, não é mesmo?

Um impacto por outro?

Os manifestantes que ocuparam trilhos de importante mineradora em Minas Gerais talvez tenham acusado cedo demais a companhia por impactos ambientais e danos ao meio ambiente. No protesto, os trilhos da ferrovia que corta a cidade de Resplendor (445 Km da capital Belo Horizonte) foram entulhados com pneus e restos das placas arrancadas pelos representantes do MST que ocuparam a ferrovia nesse ponto.
Sabe quanto tempo leva para um pneu se decompor naturalmente? Aproximadamente 600 anos, sob condições favoráveis. Seiscentos anos!!!! Isso é o mesmo que dizer que o mesmo pneu que da Vinci "tivesse visto" (porque de fato ele não viu) no século XV, pelos idos de 1401 em diante, você ainda estivesse vendo em partes, ou resíduos dele, em um lugar qualquer em que ele estivesse nos dias de hoje.
Então analisemos: será que esses pneus foram todos retirados da ferrovia com o fim das manifestação? Se ainda estão lá, provavelmente servirão para os netos, bisnetos e tataranetos dos revoltosos utilizarem como forma de protesto também, ocupando com os mesmos pneus um ferrovia qualquer.
Façam-me um favor! Impacto por impacto, consciência zero!

domingo, 9 de março de 2008

Empecilhos, empecilhos...

A luta em favor da liberação da pesquisa com células-tronco está entre os gêneros comédia e dramalhão. Não tenho nada contra a igreja, deixo claro!, mas acredito que cada um com suas aptidões e cada qual com suas habilidades; de outro lado também sou cientista, e acredito que tanto quanto Mayana Zats, mesmo sem ser conhecido posso a qualquer momento cair na malha fina do disse-me-disse.
É o que tem parecido. "Disse-me-disse." Pergunte às pessoas na rua quantas sabem dos benefícios das células-tronco e muitos não serão capazes de responder. Mas perguntem sobre os malefícios, que mesmo sem conhecimento nenhum todos apontarão seus motivos. O por quê disso? Certamente falta de informação e arrogância: custa dizer que não sabe o que é uma célula-tronco? Aí se encontra o caos...
Os fervorosos perseguem um caminho e levantam a questão sobre o assunto naquilo que mais compete a cada um. Dessa forma, os cientistas defendem suas pesquisas e dão seus argumentos - e veja, aqui Deus é espectador, tanto quanto eu que trabalho nesse momento com obesidade e diabetes - enquanto os religiosos insistem em contra-argumentar e elevar aos altos céus a causa essencialmente terrena (sim, estou sendo irônico).
Agora façamos um teste e nesse ponto eu adoraria que ele fosse feito pela ordem religiosa: visitem um tetraplégico e perguntem a ele, que só pode mover a cabeça e vai fazer um esforço sobre-humano para responder sua pergunta, se ele ficaria feliz por receber um transplante de células-tronco, células que como vocês mesmo frisam "vieram de um embrião que foi morto para o bem da ciência", mas que seria descartado sem que vocês nem tivessem conhecimento disso, como milhares de outros já devem ter sido antes do incremento nas pesquisas, pergunte a ele se ele ficaria feliz por poder ter suas células neuronais reconstituídas e, mesmo que lentamente, ter seus movimentos recuperados. Pergunte se ele estaria feliz em recebê-lo em sua casa e poder apertar sua mão ao dizer um bom dia! sem esforço de todos os músculos faciais, os únicos que ainda podem ser movimentados. Pergunte e eu aguardo a resposta aqui, nos comentários desse blog.
Não vou discursar aqui sobre o que seja uma célua-tronco, como é sua preparação e seu transplante, porque essas informações são encontradas em sites confiáveis da internet. Se for necessário em outra postagem eu faço isso, com detalhes, casos, dados comprovados, técnicas e o futuro para essas pesquisas. Por ora fica só meu desabafo. E dou o direito a qualquer um que tenha idéia contrária em me arguir, será bem interessante saber outros pontos de vista.
Pra terminar, só um comentário sobre a vida, bem simples, bem real. Não sei quando se inicia a "almalização" humana, como vou chamar, esse processo do ser humano de se conhecer a si, identificar com o mundo, criar personalidade... mas vida, essa é mais antiga que tudo que esteja sendo dito, e descende de milhões de anos. Então senhores, deixem de utilizar remédios contra suas infecções para não ferir a vida dos micróbios que invadem seus corpos. Nada de inseticidas, pois ele atacam a vida. Nada de se alimentar com vegetais e animais, podem a destruição da vida também estará acontecendo... Pensem bem nas insinuações, pois as contestações podem doer na "alma".

sábado, 8 de março de 2008

Estarão os adoçantes ameaçados pela sacarina?

Falemos de vida moderna, cheia de prazeres e comodidades. Tudo prático, fácil... mas cuidado, pois facilidades de mais podem levar a um problema que tem acometido uma grande parcela da população mundial: a obesidade. Pelos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), são 31% de pessoas com sobrepeso só nos Estados Unidos.

Esses números são mais expressivos se considerarmos que grande parte dessa população é constituída de crianças e adolescentes, que desde muito cedo podem fazer parte das estatísticas que envolvem doenças relacionadas com a obesidade, entre elas problemas cardiovasculares, diabetes e até cânceres, sem contar nos problemas sociais e psicológicos que acompanham essa síndrome.

Importante frisar: síndrome sim, pois obesidade não vem sozinha, mas sempre traz com ela outras doenças, tão ou mais graves que ela em si.

Nas últimas semanas tem estado em pauta na mídia uma discussão acerca de estudos realizados na Universidade de Pardue, nos EUA, sobre o uso da sacarina, um ingrediente de muitas marcas de adoçantes, levar ao aumento do peso corporal: ela poderia ser a responsãvel pelo aumento da obesidade na população. Os dados divulgados no estudo, publicados na Behavioral Neuroscience, mostram que com o uso contínuo dessa substância, o organismo tem uma tendência a acular a energia que consumimos nas próximas refeições. Mas, por que isso acontece?

A sacarina é um composto sintético, derivada da petróleo (o mesmo petróleo que serve para produção de gasolina, asfalto, isopor), que estimula ainda na boca alguns receptores das papilas gustativas. Receptores são conjuntos de células como as que formam todo o nosso corpo, mas que são especializadas em levar informações para serem interpretadas pelo sistema nervoso e gerar uma resposta, que leva a uma modificação na fisiologia do organismo (alterações na forma como vai ser recebida uma certa substância, por exemplo, pelo organismo). Quando estes receptores são estimulados por açúcar, por exemplo, a resposta que é devolvida é uma preparação do sistema digestivo para a absrção e utilização desse açúcar, uma substância com grande quantidade de calorias, importante para que o organismo possa se manter.

Quando utilizamos a sacarina, que também tem sabor doce, mas diferente do ãçúcar, não contém calorias, ela estimula os mesmos receptores, mas como ela não é absorvida, embora o corpo tenha se preparado para a absorção de açúcares, o organismo vai mobilizar uma série de reações para poupar energia nas próximas refeições, uma vez que isso sinaliza que vai haver escassez de nutrientes. Essa energia armazenada é transformada em gordura, que é mais leve que a glicose e pode ser estocada em grande quantidade ocupando um menor volume. Por isso a sacarina pode levar ao sobrepeso.

Agora não podemos generalizar...

1. Nem todo adoçante é feito de sacarina. Em primeiro lugar não são todos os adoçantes que tem como ingrediente de sabor doce a sacarina. Existem uma infinidade de adoçantes e muitos podem ser facilmente encontrados nas prateleiras dos supermercados. Ao comprar adoçantes, procure na lista de ingredientes por produtos feitos com aspartame, flavonóides, ciclamato, entre tantos outros.

2. O estudo realizado não fala dos demais adoçantes. Ainda nenhum estudo foi realizado para elucidadr se os outros adoçantes no mercado levam o organismo a poupar energia como a sacarina. Há especulações sobre o aspartame ter essas características, mas não sou especialista nessa área e não posso dar certeza de que ele também seja responsável por sobrepeso a menos que leia estudos que digam que isso ocorre e mostrem resultados convincentes.

3. A sacarina é barata. Os outros adoçantes que não tem a sacarina como princípio ativo são mais caros e isso conta muito na hora da escolha do adoçante que será comprado. Pessoas com menor poder aquisitivo não vão usar flavonóides, que custam até 7-8 vezes mais que a sacarina.

4. A opção é diminuir os açúcares e não usar sacarina. Mantenha uma dieta equilibrada. Use e abuse nos sucos de frutas sem açúcares (naturais) e use menos açúcares na preparação de bolos e doces. Isso garante o prazer de comer e evita que esse composto sintético precise estar presente nas refeições diárias. Exercícios também contribuem para o bem-estar.

5. Se não houver jeito, substitua. No caso dos diabéticos, o melhor mesmo ainda é a substituição. Use adoçantes com outros princípios ativos e tenha prazer na hora de se alimentar, sem aumentar o risco das complicações diabéticas.

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