terça-feira, 29 de julho de 2008

XVII Conferência Internacional de AIDS

A Cidade do México, capital do México, sedia entre os dias 3 e 8 de agosto de 2008 a XVII Conferência Internacional de Aids.

Apoio o movimento, uma vez que essa síndrome tem atingido milhares de pessoas ao redor do planeta. Nas postagens anteriores já denunciamos casos de contaminações decorrentes de negligência.

A imprensa pouco tem noticiado a realização do evento. Mas não podemos nos calar.


Acima está o banner da conferência. Quem puder, participe.

Mais uma para criticar....

A Folha online publicou ontem (28-07-2008) uma pequena nota sobre a mais nova dieta anunciada por uma nutricionista do Colégio Americano de Nutrição, e publicado em versão livresca sob o título de The Inflammation Free Diet Plan.
No livro, a autora sugere que os alimentos possam ser divididos em dois grandes grupos:

a) alimentos com fator inflamatório (FI) negativo, que quando consumidos não permitiriam às células a eliminação de toxinas (vale lembrar que essas toxinas surgem através do catabolismo normal da célula, de sua atividade metabólica intensa na degradação de nutrientes);

b) alimentos com FI positivo, que ajudariam a combater esse efeito de produção de toxinas.

O resultado foi uma crítica apresentada no fim da matéria por Edson Credidio, dito nutrólogo, sem maiores detalhes sobre sua atividade dentro da profissão. No destaque, ele diz que "É mais uma das famigeradas dietas da moda e, se Deus quiser, vai durar pouco tempo e cair no descrédito"... Concordo em partes.

Os nutrientes consumidos diariamente podem sim fazer parte de grandes subgrupos de alimentos responsáveis pelas mais diversas ações orgânicas de facilitação ou de degeneração de funções importantes. O grande problema dessa classificação está no fato de muitos alimentos ainda restarem no rol de produtos que não se tem certeza sobre sua ação benéfica ou deletéria: é o caso de cafés, vinhos e muitos doces e gorduras.

A matéria é muito simplista e finalista, não tendo aqui como deixar caro se a classificação da nutricionista americana é pertinente ou não. O fato é que podem ser feitas infinitas classificações para os alimentos, disso dependendo apenas uma pesquisa voltada para a seleção de grupos funcionais, influência sobre componentes metabólicos ou sobre a fisiologia do organismo.

Ponto negativo para a Folha online.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Feliz aniversário bebês de proveta!

Hoje (25-07-2008) completamos 30 anos de pesquisas com o uso de inseminação artificial nos casos de dificuldades em engravidar. A primeira bebê de proveta, com informação tirada de reportagem de hoje na Folha online nasceu em 25 de julho de 1978, e é por esse motivo que estamos aqui no blog comemorando a data.

As técnicas vem sendo desenvolvidas para inseminação a todo momento. A polêmica foi tão grade quanto o uso de embriões em pesquisas com células-tronco. Somam 4 milhões de habitantes ao redor do mundo o número de nascidos pela inseminação de embriões, ou como ficaram chamados os bebês de proveta. Uma vitória para tantos casais que pensam não vir a ter filhos pela dificuldade de engravidar (no caso da mãe).

Os tratamentos são geralmente demorados e podem não vir. Tudo depende da aceitação do organismo materno ao embrião, da fisiologia da mãe, da não debilidade do útero, entre tantos fatores que impedem a futura gravidez. Muitos embriões implantados não significam que um filho nasça. Ou pode significar o nascimento de mais de um ao mesmo tempo. Nada pode sugestionar os resultados. É um jogo de loteria, por tentativas e erros.

Mas com o incremento das novas tecnologias e de recursos da Biotecnologia e da Biologia Molecular, certamente os proximos anos reservam ainda mais vitórias a muitos casais que esperam sua vez de comprar o enxoval dos bebês.

Mas fica sempre a esperança. De qualquer forma, parabéns aos pais que tiveram sua oportunidade graças ao uso dessa tecnologia.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Planando...... (3)

Sinto falta dos dias sabor canela. Ai que saudade que me dá!
Já passei por dias sabor chocolate, das festanças com os amigos, das risadas divertidas, dos olhares para as mesas do lado nas pizzarias e cafés...
Já tive dias sabor camomila, de brisa suave batendo no rosto, de aroma de leite quente na mesa da manhã...
Já tive dias de sabor boldo, amargos, de olhos crivados, dias emputecidos, cheios de dor...
Mas esses retornam. Os dias inteiros com os amigos, as saídas sorrateiras aos bares, as bebidas, os risos, os gestos.... voltam. E sempre voltarão...
Mas e os dias sabor canela? Aqueles de suspiros entre muxoxos, de afagões gostosos no travesseiro ao lado, de olhares distantes e perdidos no meio da aula, de sonhos de beijos eternos... voltarão também os dias sabor canela?
Fica o dia de hoje, sabor hortênsia. Quem sabe que sabor tem a hortênsia? A mesma dúvida tenho eu em relação aos dias sabor canela...

Planando (2)

Como se caracteriza um ovo? Eu olho o ovo e o vejo sem marcas, a casca pode estar lisinha, ele é ovalado, quase uma forma perfeita. Outro o vê e diz que sua porosidade é excêntrica, que é estranho um ovo ter a forma de um ovo, que não é bonita essa superfície tão sem marcas, que nem parece natural... argila e gesso... Terceiras opiniões também são possíveis, e como cada uma depende de uma visão de mundo diferente, eu digo apenas que eu sou... pra que mais? Não adianta mesmo!
Vale a pena outras ressalvas... Veja bem: eu vivo. Olha que bonito. E plagiando McDonald’s®, tenho uma McVida Feliz... pois “amo muito tudo isso”. Nada de felicidade condicionada, nada de viver para amanhã. Vivo.
Sou. E sou como os fins de semana de uma antiga campanha publicitária (e me desculpem, já não tenho os 12 anos de idade da época em que a li, por isso não sou capaz de lembrar a que empresa pertence a campanha) “sempre igual, sempre diferente”!

Planando..... (1)

Procuro olhos com cor, capazes de enxergar o mundo, que perdi em algum lugar. Procuro boca com lábios, que pronuncia palavras audíveis, pois já não ouço mais; é claro que o problema pode ser que eu busque por ouvidos que ouçam o silêncio, que vasculhem fundo no abismo de sons que já não se pode identificar. Procuro um corpo com alma, pois a minha se perdeu e não a posso achar.
Em meu jardim há fadas. Sim, eu acredito nelas, ninguém me ensinou o contrário. Dançam loucas por entre as flores, que são em preto e branco.
Procuro um mundo onde eu possa amar do meu jeito, sem culpa, sem medo. Pudor, no meu mundo, é mera coincidência. Nesse mundo eu ando sem causa, beijos e abraços são parte da vida.
Procuro você que está aí em algum lugar, esperando por mim, irrestrito... não esperará tanto, pois ora ou outra, o que procuro, vou achar.


Minha homenagem aos meus amores

terça-feira, 1 de julho de 2008

Novas esperanças

A revista britânica Narture Biotechnology publica em sua última edição (de 29-06-2008) uma pesquisa da Universidade da pensilvânia, nos Estados Unidos, onde células com receptores alterados (células do sistema imune) tornara-se mais resistentes ao vírus da AIDS. Como sempre, cabem ressalvas:

Na pesquisa, um gene que codifica a proteína de um receptor de membrana, responsável pelo acoplamento do vírus e sua entrada no linfócito (a célula invadida), foi inativado com a ajuda de uma enzima que corta a molécula de RNA mensageiro em porções específicas, capaz de evitar a síntese desses receptores de forma adequada. Como a infecção depende ssa interação vírus-receptor para que a célula seja invadida, fica dificultado o acesso do vírus ao seu hospedeiro humano.
Acontece que ainda é cedo para dizermos que se alcançou o ideal de tratamento quando falamos em alteração de receptores de membrana. Isso porque a célula não desenvolveu um receptor especificamente para o acoplamento do vírus. Isso se deu por acaso. A proteína era especializada na recepção de outro substrato qualquer, que com a alteração dos receptores, também vai deixar de ser recebido pela célula.
Os vírus têm uma plasticidade muito grande, enquanto que os substratos não. Mesmo com receptores alterados, a pesquisa mostrou que existe resistência, mas não absoluta eficácia na utilização dessa técnica. Enquanto os vírus podem alterar sua estrutura molecular e se readaptar para alcançar a invasão, os substratos deixam de ser carreados para o interior das células, impedindo vias metabólicas dependentes de sua entrada para a célula.

De qualquer forma, é um alívio a descoberta dessa técnica, que aprimorada, pode gerar resultados satisfatórios para essa doença que mata 8000 pessoas por dia no mundo (1).

1. LUCEA, J. A. Dia Mundial da AIDS: luzes e sombras. Disponível em < http://www.acidigital.com/aids/luzesombras.htm>. Acesso em 01-07-2008, as 10:20.