terça-feira, 26 de agosto de 2008

A mais nova da onda dos corpos perfeitos

Eu tenho me cansado de dizer que a busca por espetacularização do corpo não tem levado as pessoas a atitudes muito "racionais"... A última até virou artigo científico.

A revista Lancet publica nessa semana um artigo sobre como o uso de esteróides pode gerar cicatrizes para uma vida toda. O assunto é tratado pela forma como o uso desses componentes, comum em nosso sistema natural, pode ser prejudicial quando o uso excede os limites dotolerável pelo organismo. E agradeçam ao Stallone por isso: o mocinho andou divulgando que o uso dos componentes lipídicos modelava os músculos....

Os esteróides são cadeias de lipídios, derivados do colesterol e que acompanham o organismo do nascimento à morte, num processo de hipérbole graduada. Durante a infância seus níveis são baixos, dada a pouca necessidade de hormônios nesse período, aumenta muito durante a adolescência e primeiras fases da vida adulta, e diminui quando o organismo vai se tornando senil.

Os esteróides são conhecidos como hormônios masculinos e femininos, mas esses são nada mais que uma pequena parte da via, representada no quadro abaixo. Nela podem ser vistos a quantidade de intermediários derivados do precursor colesterol.

Os usos em pequenas quantidades saõ conhecidos para reposição hormonal em homens e mulheres, controle de queda de cabelo, regulação de ciclos menstruais, entre outros. Mas o uso indiscriminado causa graves conseqüências, como fica claro no artigo da revista Lancet.

Mais um ponto negativo para as figuras da estética. Será que nenhuma delas leu Pierce sequer uma vez na vida?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pesquisas da existência de água em Marte continuam

No mês de Julho a revista Nature publicou artigo em que a existência de água líquida em Marte já em tempos pretéritos, datada da época da formação do planeta e responsável pela mineralização do solo do "planeta vermelho".
Estudos recentes possibilitados pela sonsa Phoenix, que tem feito análise de amostras de rochas do solo marciano por fusão dos materiais, revelaram que entre os componentes que podem ser encontrados está a água, grande facilitadora da vida. A existência de moléculas orgânicas complexas é o próximo passo a ser investigado, o que pode indicar se Marte já foi um planeta vivo.
Curiosidade publicada na versão eletrônica da Folha de São Paulo, "num solo enriquecido com magnésio, sódio, potássio e cloreto, como o de Marte, seria possível o cultivo de aspargos e nabos" (palavras do blogueiro). Se atmosfera fosse um fato em Marte, de fome já não se morreria.

E os estudos continuam...

domingo, 3 de agosto de 2008

Água em Marte

Nenhuma substância é tão impressionante quanto a água. A começar pelo fato de sua existência na forma líquida à temperatura ambiente, dada a projeção de sua molécula, que com os ângulos formados entre os átomos, determinam uma configuração particular que não permitiria sua existência líquida em temperaturas como as observadas ao longo do ano, principalmente nas regiões equatoriais.
Mas ela existe em forma líquida e está aí. Sai peka sua torneira todos os dias, cozinha seus alimentos, rega suas flores e permite que a vida aconteça. E essa contestação de água como precursora da vida é o que sempre fez com que se discursasse a respeito de falta de vida em outros planetas de nosso sistema solar, ou de sistemas próximos aos nossos, pois neles não existe água.
Contudo a busca ppor novos planetas onde seja possível a existência de vida é uma constante na luta diária de muitos cientistas, que tentam explorar os planetas vizinhos, dentro de nosso próprio sistema para entender como pode se dar a conquista de novos espaços no universo.

Essa semana foi anunciado finalmente a existência (e aqui vou falar de encontro - dos verbos encontrar, localizar, identificar) de água em Marte, um dos gêmeos, o "guerreiro". Encontrada na forma sólida, adsorvida nas rochas (adsorção = fortemente presa à, agarrada). A Folha de São Paulo publica várias notas ao longo da semana, muitas podem ser lidas na versão digital do periódico (31-07-2008 a 03-08-2008).

Como crítico ferrenho devo dizer que a descoberta é importante. Mostra que os elementos se repetem ao longo do universo próximo, e isso já nos dá uma idéia de que as condições de formação dos planetas é a mesma, e que dessa forma as mesmas condições podem levar a existência de vida em um outro local qualquer do universo. Ele é grande, e talvez nós jamais saibamos se isso se dá de fato. Ponto para os cientistas com a descoberta.
Um segundo ponto positivo é o fato de que a tecnologia tem avançado rápido. Embora eu prefira que ela seja utilizada em aspectos mais voltados para a eliminação do sofrimento humano (com sondas para microcirurgias, órgãos artificiais, inovações para tratamentos), acredito que o desenvolvimento de técnicas que se descobrirão futuramente desnecessárias levará a uma rápida expansão da qualidade de vida (eu ainda espero!).

Agora ponto negativo aos cientistas que não pensavam existir água em lugar nenhum mais que apenas no planeta Terra. A união de átomos não deve ser um processo tão aleatório assim. As forças que fazem com que uma molécula seja formada deriva já da disponibilidade de dois átomos pareáveis, que possam se juntar e não causar a destruição um do outro, para isso deixando de existir a ambos e dando origem a um novo elemento, nesse caso formado pela junção dos elementos iniciais. É o caso da água, onde hidrogênio e oxigênio deixam de existir, necessariamente na forma de dois elementos e se tornam um único, a água. É de se pensar que essa união de elementos ocorra por todo o universo, então não seríamos os únicos privilegiados em ter água nos sistemas.

2 x 1 para a pesquisa. Placar por ora...