terça-feira, 1 de julho de 2008

Novas esperanças

A revista britânica Narture Biotechnology publica em sua última edição (de 29-06-2008) uma pesquisa da Universidade da pensilvânia, nos Estados Unidos, onde células com receptores alterados (células do sistema imune) tornara-se mais resistentes ao vírus da AIDS. Como sempre, cabem ressalvas:

Na pesquisa, um gene que codifica a proteína de um receptor de membrana, responsável pelo acoplamento do vírus e sua entrada no linfócito (a célula invadida), foi inativado com a ajuda de uma enzima que corta a molécula de RNA mensageiro em porções específicas, capaz de evitar a síntese desses receptores de forma adequada. Como a infecção depende ssa interação vírus-receptor para que a célula seja invadida, fica dificultado o acesso do vírus ao seu hospedeiro humano.
Acontece que ainda é cedo para dizermos que se alcançou o ideal de tratamento quando falamos em alteração de receptores de membrana. Isso porque a célula não desenvolveu um receptor especificamente para o acoplamento do vírus. Isso se deu por acaso. A proteína era especializada na recepção de outro substrato qualquer, que com a alteração dos receptores, também vai deixar de ser recebido pela célula.
Os vírus têm uma plasticidade muito grande, enquanto que os substratos não. Mesmo com receptores alterados, a pesquisa mostrou que existe resistência, mas não absoluta eficácia na utilização dessa técnica. Enquanto os vírus podem alterar sua estrutura molecular e se readaptar para alcançar a invasão, os substratos deixam de ser carreados para o interior das células, impedindo vias metabólicas dependentes de sua entrada para a célula.

De qualquer forma, é um alívio a descoberta dessa técnica, que aprimorada, pode gerar resultados satisfatórios para essa doença que mata 8000 pessoas por dia no mundo (1).

1. LUCEA, J. A. Dia Mundial da AIDS: luzes e sombras. Disponível em < http://www.acidigital.com/aids/luzesombras.htm>. Acesso em 01-07-2008, as 10:20.

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