sábado, 29 de março de 2008

Deixar de jantar não é a solução para quem quer emagrecer

Você tem feito diversas dietas e não tem encontrado resultados? Emagrece dez quilos rapidinho e engorda doze mais rápido do que perdeu? Pode ser que você não esteja regulando de forma adequada a sua alimentação. Nem sempre deixando de comer fará com que você emagreça aqueles quilos que não deixam sua calça entrar.
Nosso corpo aprendeu ao longo da história de evolução que deu origem ao homem que certos mecanismos deveriam ser aprendidos e utilizados constantemente. O planeta no qual vivemos passa por períodos de grandes mudanças desde os bilhões de anos em que se formou até os dias atuais. Nesse intervalo de tempo tão longo, períodos de muito calor foram interrompidos por períodos de extremo frio, ao ponto de o planeta ficar sbmerso em geleiras por longos anos.
Durante os períodos frios (um deles em época contemporânea aos ancestrais mais próximos do ano, que ficou conhecida como a última glaciação) os homens se abrigavam em cavernas e locais seguros onde pudesse esperar que o inverno passasse e o calor retornasse. Nesse momento, alimentos eram muito raros ou inexistentes, e a fome produziu alterações em níveis genéticos que dotaram os homens de capacidade de estocar grande quantidade de energia em momentos de farta refeição, que seria utilizada quando o alimento fosse escasso.
Em níveis moleculares, desenvolveram-se sistemas de genes chamados de genes poupadores, cuja atividade levava a esse estoque de energia que manteria o corpo vivo quando o alimento faltasse. Esses genes, no homem moderno, permanecem em latência até que sejam necessários. Quando estimulados e ativados, sua função é fazer com que o corpo armazene, mesmo em refeições muito pequenas, o máximo de nutrientes que seja possível armazenar.
Em condições normais de alimentação, nosso organismo é estimulado desde o momento em que vemos, sentimos, ouvimos comentários, ou sentimos fome. Esse indício de que é hora de se alimentar leva a uma estimulação do sistema nervoso central (SNC) que libera uma série de hormônios que preparam o organismo como uma unidade única para receber o alimento que será ingerido. é como se fosse um sistema de comandos: fome, hora de comer, liberar hormônios e enzimas.
Quando o alimento atinge o trato digestório, novas respostas fazem com que haja digestão, armazenamento e eleiminação dos resíduos. O alimento no trato digestório é o sinal para que o organismo se sinta saciado e pare de comer até que novos estúmulos e sensação de fome indiquem novo período para alimentação.

Quando os estímulos iniciais indicam que é chegada a hora de se alimentar, mas o alimento não é ingerido, como no caso de dietas onde a pessoa não janta, ou para aquelas pessoas que não tomam café da manhã, surge um problema: o corpo se preparou todo para receber o alimento, mas esse não foi dado ao trato digestório. Isso estimula uma nova via que ativa os genes poupadores que estavam latentes, esperando calados sua hora de entrar em ação.
uma vez ativados, esses genes vão fazer com que o corpo armazene toda e qualquer energia que seja possível armazenar. Dessa forma, qualquer alimento se torna combustível em pequenas quantidades imediatas, e o que for útil e energético (como açúcares, gorduras, aminoácidos) serão guardados na forma de gordura nas células adiposas

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